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Mariana: reunião entre mineradoras e governos termina sem acordo

Em novembro, a tragédia de Mariana completa sete anos. Dezenove pessoas morreram no rompimento da barragem de Fundão

Redação

Encontro têm objetivo de chegar a acordo sobre indenizações e repactuação da tragédia. Corpo de Bombeiros
Encontro têm objetivo de chegar a acordo sobre indenizações e repactuação da tragédia.
Corpo de Bombeiros

Termina sem acordo a reunião entre as mineradoras Vale, Samarco e BHP Billiton e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, realizada nessa quarta-feira (24), no Conselho Nacional de Justiça. Os encontros têm o objetivo de chegar a um acordo sobre as indenizações dos atingidos e os trabalhos de repactuação da tragédia.

Além do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, participaram da reunião o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, e o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Junior.

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Planejamento de Gestão, afirma que, por ora, as negociações estão encerradas até que ocorra uma mudança de posicionamento das empresas. Segundo a pasta, a contrapartida oferecida pelas mineradoras representa de 60% a 70% do valor pedido pelas partes atingidas, a ser paga em até 20 anos. O próximo passo, segundo a Secretaria, é a judicialização do caso.

A Samarco informa que se mantém aberta ao diálogo junto às autoridades competentes. Já a Vale diz em nota que reforça o compromisso com a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem e vem prestando suporte à Fundação Renova. A Renova, por sua vez, esclarece que não é parte das negociações conduzidas pelo Conselho Nacional de Justiça.

Em novembro, a tragédia de Mariana completa sete anos. Dezenove pessoas morreram no rompimento da barragem de Fundão. Os rejeitos escoaram até a bacia do Rio Doce, que até hoje sofre com os impactos socioambientais.