Médico acusado de retirar órgãos de menino em 2000 será julgado nesta segunda

Caso aconteceu em abril de 2000, no Sul de Minas

Mariana Reis

Se estivesse vivo, Paulo teria 31 anos Paulo Pavesi / Arquivo Pessoal
Se estivesse vivo, Paulo teria 31 anos
Paulo Pavesi / Arquivo Pessoal

Está marcado para esta segunda-feira (18) o julgamento de um dos médicos acusados pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000, em Poços de Caldas, no Sul de Minas.

A assessoria do Tribunal do Juri, confirmou há pouco que todas as testemunhas e o réu serão ouvidos virtualmente, já que o acusado está em São Paulo, as testemunhas de defesa em Poços de Caldas, Campinas, Porto Alegre e Cruzília e o pai da vítima - que se estivesse vivo, hoje teria 31 anos - que move a acusação, está na Itália.

A sessão que irá julgar a conduta do nefrologista Álvaro Ianhez, acontecerá no Tribunal do Júri e vai avaliar o envolvimento do médico com a morte da criança para um esquema de tráfico de órgãos. Outros dois médicos foram condenados a 25 anos de prisão por irregularidades no atendimento médico prestado à criança.

A suspeita é de que, na época, foi declarada morte cerebral forjada ao menino, que tinha 10 anos de idade, e os órgãos dele foram removidos enquanto ele ainda estava vivo.