Ministério Público vai investigar redução de viagens de ônibus em Belo Horizonte

O prefeito Fuad Noman classifica como uma "maldade" a decisão de tirar os ônibus nos horários de pico na cidade

Lucas de Carvalho

A Transfácil afirma que a redução das viagens acontece para evitar colapso do serviço  Divulgação/Ministério Público
A Transfácil afirma que a redução das viagens acontece para evitar colapso do serviço
Divulgação/Ministério Público

O Ministério Público de Minas Gerais afirma, nesta sexta-feira, que irá instaurar um procedimento para apurar as questões relativas ao anúncio das empresas de ônibus de BH sobre a redução da oferta de viagens.

Já a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que foi surpreendida com o anúncio do consórcio, já que a decisão foi tomada no momento em que a Prefeitura discute com a Câmara Municipal e o Ministério Público Estadual o melhor mecanismo legal para subsidiar as tarifas, evitando um reajuste para os usuários.

O prefeito Fuad Noman classifica como uma "maldade" a decisão de tirar os ônibus nos horários de pico, uma vez que as empresas haviam garantido que não o fariam.  A Prefeitura assegurou que não vai ficar alheia a isso e que irá penalizar as empresas na forma do contrato.

 A Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte convocou uma reunião com os representantes das empresas para cobrar explicações sobre a medida e buscar uma solução que não prejudique a população usuária do transporte público.

 O anúncio sobre a redução foi feito nessa quinta-feira, pela Transfácil, o Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus de Belo Horizonte. De acordo com o consórcio, no primeiro momento, a diminuição na frota disponibilizada não irá ocorrer nos horários de pico dos dias úteis.

O grupo afirma que se viu obrigado a reduzir o número de ônibus para evitar o colapso total do serviço ocasionada pela falta de recursos financeiros.

Com isso, segundo a Transfácil, o número de viagens ofertadas diariamente será proporcional aos recursos financeiros gerados pelo sistema e que sejam suficientes para cobrir os próprios custos.

O que diz o outro lado

Em contrapartida, as empresas responsáveis pelo transporte público na capital se comprometeram a adotar a capacidade máxima do serviço. A informação foi divulgada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), após uma reunião realizada com os representantes das companhias de transporte na tarde desta sexta-feira, em que as empresas garantiram o atendimento a todos os passageiros ao longo do dia.

A PBH ainda afirmou que vai fiscalizar a prestação do serviço, por meio da BHTrans, e, em caso de descumprimento do contrato, haverá penalização das empresas.