
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), considera que campanha do candidato Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo tem mostrado que a direita pode ter frentes diferentes na eleição de 2026. Em conversa com jornalistas do Grupo Bandeirantes, em Minas Gerais, o governador mineiro avalia que mesmo que não ganhe as eleições da capital paulista, Marçal abre uma nova fileira na direita, fora do domínio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Talvez ele tenha errado no discurso muito agressivo e com frases como consertar avião em pleno voo”, comenta o governador sobre Marçal ter perdido o protagonismo após chegar liderar as pesquisas de intenção de voto.
Ainda em relação a 2026, Zema diz que participará de forma ativa do processo, como presidenciável, vice ou até mesmo ministro de um candidato da direita, caso seja convidado. Para isso, o governador considera como “bem provável” se desvincular do cargo em março daquele ano para ficar livre para poder concorrer a um eventual cargo no Executivo nacional.
“Hoje as pesquisas mostram a preferência por Michele (Bolsonaro), Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo), depois aparece o meu nome. Aí vem o Ratinho (Jr, governador do Paraná) e o Caiado (Ronaldo Caiado, governador de Goiás)”, conta.
Em relação a esse grupo de presidenciáveis, Zema diz que o nome precisaria necessariamente de uma “benção” do ex-presidente Bolsonaro.
“Vai depender do Bolsonaro, que muitas vezes tem uma postura personalista. E também de uma questão de ego. O Caiado, por exemplo, já se lançou como presidenciável”.
A única certeza do governador é que seu futuro político não passará por concorrer a um cargo no Legislativo. “Não tenho esse perfil”. Sobre o assunto eleições de 2026, Zema ainda citou a provável candidatura do seu atual vice, Mateus Simões (Novo), como o seu sucessor no governo de Minas.
Eleições BH
Para o governador mineiro, que em Belo Horizonte apoia a candidatura a prefeito do apresentador Mauro Tramonte (Republicanos), em uma aliança improvável com o ex-prefeito e seu desafeto Alexandre Kalil, a sua participação na campanha tem sido discreta até agora em razão de decisões de marketing político. “A campanha do Tramonte não precisa de padrinhos políticos. Eu apoio e já gravei materiais para ele, mas ele é muito conhecido. E hoje a transferência de votos é uma coisa muito difícil”, pontua.