O Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) expediu um mandado de prisão contra o médico Álvaro Ianhez, condenado pela morte e pela retirada de órgãos do menino Paulo Pavesi, de 10 anos, em Poços de Caldas, no Sul de Minas. A medida vem após decisão do Superior Tribunal de Justiça, que cassou a liminar que impedia a execução da pena imposta, de 21 anos e 8 meses, por homicídio duplamente qualificado. No início de abril, o Supremo Tribunal Federal também já havia determinado a cassação da liminar.
O caso foi em 2000, quando Álvaro Ianhez coordenava uma clínica irregular de transplantes e fraudou exames para atestar a morte cerebral de Paulo Pavesi. Ele extraiu os rins e córneas do menino, que foram destinados a uma lista de espera criada pelo próprio médico.
A condenação de Ianhez foi confirmada em segunda instância, mas evitava a prisão por meio de liminares. Com a cassação da última, o mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas. O médico deverá cumprir a pena de 21 anos e 8 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado.
*Sob supervisão de Mábila Soares