Uma operação realizada entre os dias 28 de fevereiro e 9 de março pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) resgata sete trabalhadores em situação análoga à escravidão em Tapira e Sacramento, no Triângulo Mineiro.
O GEFM é integrado por profissionais do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e agentes da Polícia Federal (PF).
Nas duas cidades, os funcionários foram encontrados em instalações precárias de moradia. O prazo para pagamento de salários não era respeitado e o GEFM também constatou terceirização fraudulenta.
Mais de 60 autos de infração devem ser lavrados, e os empregadores responsáveis precisam pagar as verbas rescisórias e indenizações por danos morais.
Em Tapira, os funcionários trabalhavam em uma plantação de eucaliptos e ficavam alojados em um imóvel com vários problemas de estrutura e de higiene. Os trabalhadores dormiam em colchões rasgados e comiam em uma mesa improvisada com tijolos.
Em Sacramento, o alojamento também não tinha estrutura, o teto era forrado com uma lona, e os funcionários, que atuavam em uma carvoaria, bebiam água de uma grota a céu aberto.