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Pesquisa da UFMG ajuda a catalogar mortes, com causas mal definidas, com a Covid

Foram analisados mais de mil casos de óbitos ocorridos entre fevereiro e junho de 2020

Redação

A Faculdade de Medicina da UFMG é uma das mais antigas do Brasil.
A Faculdade de Medicina da UFMG é uma das mais antigas do Brasil.
Reprodução/ Faculdade de Medicina da UFMG

Um estudo coordenado pelo Grupo de Pesquisas em Epidemiologia e Avaliação em Saúde, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG, baseado na análise de atestados de óbito de causas relacionadas à covid-19 no início da pandemia, estima a subnotificação de pelo menos 18% no número de mortes no país. Foram analisados mais de mil casos de óbitos ocorridos entre fevereiro e junho de 2020 em Belo Horizonte, Salvador e Natal, assinalados nos registros oficiais como por síndrome respiratória aguda grave, pneumonia não especificada, infecção generalizada, insuficiência respiratória e causas mal definidas.

Após cruzamento das bases de dados sobre mortalidade, a equipe de pesquisa coletou dados de prontuários médicos, exames e outras informações sobre cada caso e analisou se a causa básica deveria ser assinalada como Covid-19. Os pesquisadores entendem que os dados chamam a atenção para o fato de a pandemia ter sido ainda mais grave no país, além de evidenciar a importância dos registros adequados para a formulação de políticas de saúde pública. Os resultados foram publicados na revista internacional PLOS Global Public Health na última quinta-feira, dia 5 de maio.

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