Zema critica delegado da Polícia Civil que matou motorista de reboque

O governador se refere ao crime como "inaceitável" e se compromete com a apuração e julgamento do caso

Julia Portilho*

Romeu Zema se pronunciou sobre o assassinato do motorista de reboque por um delegado civil Divulgação/Governo de Minas
Romeu Zema se pronunciou sobre o assassinato do motorista de reboque por um delegado civil
Divulgação/Governo de Minas

“É INACEITÁVEL”. O governador Romeu Zema criticou, no início da noite desta quarta-feira (27),  o ato de violência do delegado da Polícia Civil, Rafael de Souza Horácio. Ele é suspeito de atirar e matar o motorista de reboque, Anderson Cândido Melo, na tarde dessa terça-feira (26), na Avenida do Contorno, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Em nota, Zema se solidariza com a família de Anderson e aponta que o caso será investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil. O governador também se “compromete com a apuração dos fatos para que haja a responsabilização criminal no sistema judiciário”.

O político ainda afirmou que o governo de Minas trabalha em “ações de treinamento e prevenção para reduzir a letalidade policial no Estado”.

Segundo os familiares da vítima, o velório de Anderson deve ser realizado nesta noite na capital e o enterro está previsto para amanhã (28) em Igarapé, na Região Metropolitana de BH. Colegas do motorista de reboque fizeram uma carreata em homenagem ao amigo morto e para pedir justiça.

A carreata passou pelo Anel Rodoviário e seguiu até a rua em que Anderson foi atingido no pescoço por um tiro disparado pelo delegado.

O caso já está sendo investigado pelo Corregedoria da Polícia Civil. O inquérito deve ser concluído em 30 dias. A Polícia pretende ouvir testemunhas e investigar se alguma câmera da região registrou o ocorrido.

Em 2019, o delegado Rafael Horácio foi condenado a três anos de prisão e pagamento de multa por realizar disparos na saída de uma festa em Alfenas, no Sul de Minas. Contudo, a pena foi convertida em prestação de serviços comunitários.

*Sob a supervisão do jornalista Victor Lobato