O atraso na Renda Emergencial atinge 16 mil famílias na cidade de São Paulo. As informações são da repórter Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes no Bora SP.
Ana Carolina Santos é mãe de três filhos e está desempregada desde o ano passado. Sobrevivendo de bicos e com a ajuda de pessoas próximas, ela está há três meses aguardando a Renda Básica Emergencial da Prefeitura de São Paulo.
Jéssica Silveira, que trabalha com eventos e está sem emprego há quase um ano, sustenta os três filhos com a ajuda da mãe e de doações. Até hoje, ela ainda não conseguiu ter uma resposta sobre quando irá receber o benefício.
Assim como a Ana Carolina e a Jéssica, 16 mil famílias não receberam as 3 parcelas de R$ 100 da renda emergencial que seriam quitadas em dezembro. Têm direito ao benefício as pessoas inscritas no Bolsa Família até setembro de 2020.
A expectativa da Prefeitura de São Paulo é pagar cerca de 7.400 famílias na semana que vem.
Segundo o Coordenador de Gestão de Benefícios do município, Luiz Fernando Francisquini, as contas não foram abertas até hoje por um problema no contrato com a Caixa.
Das 16 mil famílias que não receberam o auxílio, cerca de 3.500 ainda não foram encontradas pela Prefeitura. Quatro mil estão com as contas bloqueadas e duas mil com os dados incorretos.
Ainda não há um calendário definido para o pagamento da extensão da Renda Básica Emergencial, que foi aprovada pela Câmara e será paga em três parcelas. O planejamento da Prefeitura de São Paulo é iniciar os repasses em abril.
Procurada pela Rádio Bandeirantes, a Caixa ressalta que o processo de cadastro dos beneficiários é de responsabilidade do município. O banco orienta que os questionamentos sejam direcionados à Prefeitura.