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Quadrilha impõe religião a moradores de favela no Rio de Janeiro

Da Redação

Região foi batizada pelos bandidos, adeptos de uma denominação evangélica, de Complexo de Israel Jornal da Band
Região foi batizada pelos bandidos, adeptos de uma denominação evangélica, de Complexo de Israel
Jornal da Band

Tiros de fuzil e pregação religiosa são as marcas da quadrilha do traficante Álvaro Malaquias, o Peixão, criminoso com mais de 35 anotações criminais e que vem expandindo seus domínios na zona norte do Rio de Janeiro.

O grupo surgiu na comunidade Parada de Lucas, tomou o controle de Vigário Geral em 2007, da Cidade Alta em 2016, do Pica-Pau em 2018, e, há duas semanas, expulsou a facção rival da favela Cinco Bocas, se estabelecendo em uma região com aproximadamente 130 mil moradores, batizada pelos bandidos, adeptos de uma denominação evangélica, de Complexo de Israel.

Referências ao país - como a estrela de Davi - costumam ser ostentadas pelos traficantes, e quem segue outras religiões é perseguido.

"Esse uso de símbolos e elementos religiosos é acompanhado de certa rotina de perseguição a praticantes e a centros de cultos vinculados, sobretudo, a religiões espiritualistas, principalmente de origem afro", explica o sociólogo João Trajano ao Jornal da Band.

A polícia diz que vinha monitorando as movimentações dos criminosos, mas por causa de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que limita as operações policiais em comunidades durante a pandemia, não conseguiu impedir que a quadrilha se expandisse.

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