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Reclamações sobre mosquitos crescem 433% na cidade de São Paulo

Reclamações sobre mosquitos crescem 433% na cidade de São Paulo

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Reclamações sobre mosquitos crescem 433% na cidade de São Paulo Wolfgang Hasselmann/Unsplash
Reclamações sobre mosquitos crescem 433% na cidade de São Paulo
Wolfgang Hasselmann/Unsplash

Reclamações sobre mosquitos na cidade de São Paulo crescem 433% nos últimos três meses em comparação ao mesmo período do ano passado. O portal de atendimento 156 da prefeitura recebeu 1.078 queixas entre julho e setembro contra apenas 202 em 2019.  As informações são do repórter Lucas Herero, da Rádio Bandeirantes.

Especificamente no mês de setembro, o crescimento é ainda maior. Foram 36 reclamações no ano passado contra 526 em 2020, sendo que ainda faltam 15 dias para o fim do mês.

Os problemas são vistos em toda a cidade, principalmente nas regiões próximas ao Rio Pinheiros, como os bairros do Itaim Bibi, Vila Olímpia, Pinheiros e Morumbi.

Motivos da proliferação

O biólogo Paulo Urbinatti, especialista em insetos da faculdade de Saúde Pública da USP, explica que as altas temperaturas registradas no inverno desse ano contribuem para a aceleração do ciclo de vida do mosquito.

Com isso, há uma quantidade maior de pernilongos no ar, seja pelo calor, pela falta de chuva ou pela grande quantidade de matéria orgânica nas margens dos rios e córregos, o que auxilia no desenvolvimento das larvas.

"Elas se adaptaram muito bem nesse ambiente aquático com uma disponibilidade de matéria orgânica muito grande, que é o esgoto e o lixo lançado nos córregos e nos rios. Então, se essa matéria orgânica está disponível nesse corpo de água, serve de alimento para as larvas e como existe uma quantidade grande no Rio Pinheiros e em outros córregos, também temos uma elevada densidade do mosquito”, explica Urbinatti.

O biólogo diz que uma solução seria limpar periodicamente as margens e melhorar a qualidade da água para aumentar a biodiversidade de espécies e diminuir o acúmulo de matéria orgânica.

Medidas

Nesta segunda-feira, 14, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia aplicou fumacê e larvicidas biológicos em vários trechos do Rio Pinheiros, além de remover vegetação das margens. O trabalho segue nesta terça-feira, 15.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o prefeito Bruno Covas falou sobre as ações que vêm sendo promovidas pela cidade em conjunto com o estado para sanar esse problema.

"Já combinei com o governador João Doria uma atuação casada para que a prefeitura, que é a responsável pelos córregos, ruas e avenidas, possa fazer o trabalho com o fumacê e o governo do Estado também, nos rios Pinheiros e Tietê, que são responsabilidade do governo. Então o trabalho conjunto entre prefeitura e Estado vai atenuar muito essa situação que a gente tem visto na cidade nos últimos cinco, seis dias", afirmou Covas.

Sugestão

A principal dica dos especialistas é fechar as portas e janelas de casa ao entardecer e colocar telas como barreiras físicas para dificultar a entrada do pernilongo enquanto o trabalho de contenção do mosquito é feito na cidade.

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