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Número de transferências de alunos da rede privada para pública cresce 70% em SP

Número de transferências de alunos da rede privada para pública cresce 70% em SP

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Número de transferências de alunos da rede privada para pública cresce 70% em SP Unsplash
Número de transferências de alunos da rede privada para pública cresce 70% em SP
Unsplash

O número de transferências de alunos da rede privada para a pública cresceu 70% durante quatro meses de pandemia no estado de São Paulo. Entre abril e julho deste ano, 9.494 estudantes saíram de escolas particulares para o ensino público estadual. No mesmo período do ano passado esse número foi de 5.532. As informações são da Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes

A Roselaine Pereira foi uma das mães que se viu obrigada a trocar a filha de escola. Com o ganho reduzido pela metade e sem conseguir negociar com a instituição, a única saída foi a transferência.

“Foi por questões financeiras. Eu tentei um desconto na escola, fui ver se eles podiam me dar um desconto. Eles não puderam me ajudar, então para eu não ficar devendo eu preferi fazer a transferência para a escola pública”, contou.

Mesmo com as aulas online, o sistema de transferência segue os mesmos critérios: a escola tem de ser próxima do endereço do aluno e ter vaga disponível.

Caso o estudante seja matriculado em uma instituição distante da residência, com o retorno das aulas presenciais ele terá o direito ao transporte escolar.

O Subsecretário de Articulação da Educação, Henrique Pimentel, garante que todos os alunos que necessitarem da transição para a rede estadual serão atendidos.

“A gente entende que existem sim várias vagas o suficiente para esses estudantes na rede estadual do estado de São Paulo, e que vamos conseguir, inclusive, no retorno do presencial acomodar todos eles sem problemas”, afirmou Pimentel.

Para o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo a transferência de alunos de escolas particulares para públicas não chega a 2%.

“Imaginamos que devemos ter uma evasão de 1 a 2% no máximo, a não ser a educação infantil, de 0 a 3 anos. Esse o pai não matricula na escola pública, ele simplesmente tira da escola porque ele não é obrigado ter o aluno matriculado. É obrigado só a partir dos 4 anos”, estima Benjamin Ribeiro.

Segundo ele, o impacto maior é nas instituições do ensino infantil. A estimativa do sindicato é de que em torno de 30 a 50% das escolas particulares de educação infantil devem fechar as portas no estado de São Paulo. 

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