O Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) já emprestou cerca de 85% dos recursos disponíveis para micro e pequenas empresas, o que representa R$ 12 bilhões em apenas 20 dias. As informações são do repórter Lucas Herrero, da Rádio Bandeirantes.
A segunda fase do programa do governo federal, iniciada em 3 de setembro, disponibiliza ao todo R$ 14,1 bilhões e já auxiliou cerca de 200 mil empreendedores.
Porém, muitas pessoas que tentaram o crédito não conseguiram. Segundo os empresários, os bancos alegam que o dinheiro já teria acabado.
Já o Ministério da Economia, por meio da subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Antônia Tallarida, explica que a verba pode ter esgotado em alguns dos principais bancos, porém ainda há cerca de R$ 2 bilhões para serem liberados em outras instituições.
"Para aqueles que não têm o crédito tomado, não estão inadimplentes e ainda assim, não tiveram acesso na sua instituição financeira, o que eu recomendo é que procurem outras instituições. A gente tem que aprender a negociar e usar a concorrência bancária. É algo que o Banco Central está sempre preocupado em aumentar, o que pode fomentar e melhorar o acesso a crédito para micro e pequenas empresas mesmo depois da pandemia", disse Tallarida.
Estudos sobre possível 3ª fase
Na primeira etapa do Pronampe, mais de R$ 18 bilhões auxiliaram 211 mil micros e pequenas empresas, totalizando 400 mil empreendedores contemplados ao final desta segunda fase.
Sobre um possível novo estágio do programa, Antônia disse que há estudos que buscam viabilizar novas linhas de crédito.
"O que eu posso te adiantar é que o Senado está sim mobilizado para estudar possibilidades de ampliação do Pronampe. A gente só precisa ter em mente que todos esses recursos disponíveis por causa da pandemia precisam ser utilizados até 31 de dezembro. Então, o nosso foco é escoar todos esses recursos, não só do Pronampe, mas também de outras linhas que foram lançadas", contou.
Como funciona?
As empresas podem pegar no máximo 30% do faturamento registrado em 2019 com uma condição: ter receita bruta de até R$ 4,8 milhões no ano.
O governo acredita que os recursos vão acabar em até duas semanas por causa das condições favoráveis. Hoje, a taxa de juros é de 3,25% ao ano e o prazo para pagamento é de 3 anos, com 8 meses de carência.
