Seis em cada 10 mortes por Covid-19 no sistema penitenciário do estado de São Paulo são de servidores. Dados da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado indicam que a doença matou mais agentes de segurança que trabalham nos presídios do que os detentos que estão encarcerados.
Das 197 mortes no sistema prisional paulista, 119 foram de agentes de segurança (60,4%) e outras 78, de presos. Em contrapartida, em número de casos os servidores são apenas 2 em cada 10, ou seja, os servidores são os menos contaminados.
A taxa de contágio entre os servidores, que são 33.606 agentes, é de 13%. Já entre os detentos, que são 208 mil, o indicie é quase metade de 7,3%. Apesar do número absoluto ser maior, proporcionalmente, a taxa de contágio entre os detentos é menor.
Para a pasta, o maior índice de morte por Covid-19 em servidores se dá a maior circulação desses funcionários, tanto dentro como fora dos presididos.
A pasta acrescentou que todos seus funcionários, dos 178 presídios, já foram vacinados contra o coronavírus. Já entre a população carcerária 33,3% foi vacinada. Para o enfrentamento da pandemia nos presídios paulistas, o governo liberou R$ 9,8 milhões, segundo levantamento do TCE.