Pouco mais da metade das escolas estaduais devem abrir as portas para 100% dos alunos a partir do mês que vem. A estimativa é do secretário de Educação de São Paulo Rossieli Soares, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O secretário explica que a ampliação da capacidade de estudantes está vinculada à estrutura da escola e será adaptada ao distanciamento que será possível dentro da sala de aula. Além disso, a obrigatoriedade do retorno será discutida em agosto.
“Nós temos em torno de 60% das escolas estaduais que conseguirão ter 100% e as outras, a maioria, terão de 80% a 90% de capacidade física. A gente vai pegar uma sala de aula e vai medir quantas carteiras e quantos alunos podem estar dentro da sala de aula com o distanciamento de um metro. Ainda em agosto ainda não é obrigatório, mas em agosto vamos discutir a volta obrigatória”, disse.
Para tentar repor o que foi perdido ao longo de toda a pandemia, as escolas estaduais de São Paulo vão ter uma aula a mais no ensino médio a partir de 2022. A média vai de 7 para 8 horas diárias.
O secretário estadual da educação explica que avaliações feitas pelos alunos mostraram que os jovens foram os que perderam mais conteúdo.
“O aluno que fez a avaliação em 2019 no 3º ano do ensino fundamental e fez avaliação no 5º ano no início deste ano aprendizagem diminuiu, ele está com menos conhecimento. O aluno que fez o 2º ano no Ensino Médio no ano passado e está no 3º ano este ano esse jovem a chance de recuperação dele é muito menor. As próprias universidades vão ter que trabalhar para fazer o primeiro ano deles de recuperação”, afirmou.
O governo de São Paulo também pretende investir R$ 303,5 milhões para o ensino médio e contratar até 10 mil professores. O ensino híbrido, com aulas online e presenciais, deve continuar.