A cada meia hora uma mulher foi vítima de violência em São Paulo em 2020. Segundo levantamento da prefeitura, 24 mil mulheres foram acolhidas nos 12 centros de atendimento disponíveis. As informações são da repórter Giovanna De Boer, da Rádio Bandeirantes.
Nesses postos, elas são recebidas por uma equipe composta por assistente sociais e psicólogas. A vítima é orientada e encaminhada a uma das Casas destinadas a proteger contra esse tipo de violência.
Antes de pandemia, eram cerca de 3 mil chamados por mês. Já em abril e maio, auge do isolamento social, a procura pelo atendimento despencou mais da metade.
Para a Coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público, Valeria Scarance, o período em casa aproximou a vítima do agressor.
“As vítimas moram com seus agressores então estão sob o olhar e sob controle deles em razão do isolamento durante todo o dia e noite. O próprio isolamento afasta as mulheres e filhos das suas bases de segurança, amigos, trabalho e a possibilidade de ter contato com outras pessoas”, explicou Valeria.
Com a flexibilização da quarentena, o número atendimentos relacionados à agressão contra a mulher voltou a subir.
Em novembro do ano passado, o volume ficou igual ao período pré-pandemia, com 2890 atendimentos.
Com os chamados aumentando, a secretaria de Direitos Humanos e Cidadania encurtou o caminho para que as vítimas possam denunciar o agressor, afirma a secretária Cláudia Carlleto.
“O 156 ele é aqui da cidade de São Paulo e que faz o encaminhamento para os equipamentos e para rede de enfrentamento a violência. Foi o caminho mais curto que a gente buscou para que essa mulher tivesse o atendimento mais rápido possível”, disse a secretária.
Rede de proteção
A rede de proteção contra a mulher é composta por 12 postos. São eles: a Casa da Mulher Brasileira que funciona 24 horas por dia, inclusive sábados e domingos e conta com alojamento provisório.
Os Centros de Referência e Centros de Cidadania da Mulher atendem das 10h às 16h.
As Casas de Abrigo e de Acolhimento Provisório e o Posto Avançado no Metrô Santa Cecília abrem das 8h às 19h de segunda a sexta, exceto feriados
Para denunciar a agressão basta ligar para o 156 da prefeitura de São Paulo.
Confira os endereços e telefones da rede de atendimento da SMDHC:
Casa da Mulher Brasileira (todos os dias, 24 horas)
Rua Vieira Ravasco, 26 – Cambuci
(11) 3275-8000
Posto Avançado de Apoio à Mulher (segunda a sexta-feira, das 8h às 19h)
Estação Santa Cecília do Metrô (Linha 3 Vermelha)
CRMs e CCMs – Segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.
CRM 25 de Março (CENTRO)
Rua Líbero Badaró, 137, 4º andar – Centro
(11) 3106-1100
Casa Brasilândia (NORTE)
Rua Sílvio Bueno Peruche, 538 – Brasilândia
(11) 3983-4294
CCM Perus (NORTE)
Rua Joaquim Antônio Arruda, 74
(11) 3917-5955
CCM Itaquera (LESTE)
Rua Ibiajara, 495 – Itaquera
(11) 2073-4863
Casa Eliane de Grammont (SUL)
Rua Dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino
(11) 5549-9339
CRM Maria de Lourdes Rodrigues (SUL)
Rua Luiz Fonseca Galvão, 145 – Capão Redondo
(11) 5524-4782
CCM Parelheiros (SUL)
Rua Terezinha do Prado Oliveira, 119
(11) 5921-3665
CCM Santo Amaro (SUL)
Praça Salim Farah Maluf, s/n
(11) 5521-6626
CCM Capela do Socorro (SUL)
Rua Professor Oscar Barreto Filho, 350 – Grajaú
(11) 5927-3102
Além da rede da SMDHC há equipamentos disponíveis também na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMADS).