A clara mensagem, no discurso do comandante do Exército, como antídoto para o desgaste da imagem das Forcas Armadas, era previsível, além de necessária, - já que motivos para isso não faltam, neste momento em que as investigações da Polícia Federal avançam sobre militares, inclusive um general, no caso das joias, e tantas outras fardas envolvidas com os atos criminosos do dia 8 de janeiro.
A instituição - o Exército, como instituição de Estado - não combina com desvio de conduta … e qualquer ato assim será repudiado e corrigido - diz o general Tomás Paiva, legalista, sempre defensor da democracia, resistente àquela onda perigosa de ataques à urna eletrônica.
Marcou com seu discurso este dia do soldado, fortalecido também com a presença das mais representativas autoridades do país - como caprichou nos convites o ministro da Defesa, José Múcio. Tudo pela missão de manter distância - a maior possível - dos processos, investigações, evidências e suspeitas de crimes cometidos por militares. E a saudável posição de separar as Forças Armadas da política.