O deputado americano filho de brasileiros, George Santos, foi expulso do Congresso, por 311 votos a 114, depois de acusado por uma Comissão de Ética, num relatório de 56 páginas, de roubar dinheiro de sua campanha, criar empréstimos fictícios, mentir em seu currículo sobre a origem dos pais, sua formação escolar, empregos que teve e até em coleta de dinheiro, que embolsou, para salvar um cão com uma cirurgia de urgência.
Parte do que enriqueceu George Santos foi gasto em visitas a spas, compras em lojas de luxo, procedimentos estéticos com botox e subscrição em sites de conteúdo para adultos. Antes de ser expulso, ele disse, em entrevista coletiva, que seus colegas na Câmara estavam tentando “intimidá-lo”. Ele admitiu as mentiras, alegando que elas não seriam crimes. Uma expulsão não ocorria na Câmara em 20 anos e só ocorreu cinco vezes na história dos Estados Unidos.
Já expulso, George Santos declarou: "Aceitei o destino. Acredito que se Deus quiser manter-me aqui, ficarei, e se quiser que me vá embora, irei e fá-lo-ei com gratidão”. Em seu carro, seguido por jornalistas, ele avisou: "Sabem que mais? Como já não sou oficialmente membro do Congresso, já não tenho de responder a uma única pergunta de vocês".