Acusado de mandar matar galerista Brent Sikkema é preso e pode enfrentar pena de morte nos EUA

Investigação aponta que Daniel Sikkema contratou um matador de aluguel em meio a processo de divórcio com a vítima

Da redação

Acusado de mandar matar galerista Brent Sikkema é preso e pode enfrentar pena de morte nos EUA
Daniel e Brent Sikkema
Jornal da Band

A polícia prendeu nos Estados Unidos Daniel Sikkema, acusado de mandar matar o ex-marido e galerista Brent Sikkema, em janeiro de 2024, no Rio de Janeiro. As investigações apontam que ele contratou um matador de aluguel, o cubano Alejandro Triana Prevez, para matar Brent na casa dele, na Zona Sul carioca. 

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Daniel Sikkema compareceu ao tribunal no Distrito Sul de nova York. Ele é acusado de conspiração para cometer um assassinato, conspiração para assassinar uma pessoa em outro país e fraude de passaporte. 

Se condenado, Daniel Sikkema poderá enfrentar uma pena de prisão perpétua ou a pena de morte. Um juiz do tribunal distrital federal determinará a sentença após o julgamento a partir das diretrizes de sentença dos EUA e outros fatores. 

A Justiça do Rio de Janeiro chegou a pedir a deportação de Daniel para ele responder pelo crime no Brasil, mas o caso começou a ser investigado pelo FBI logo depois, já que a vítima era dos EUA. 

Relembre o caso

Brent Sikkema foi morto na casa onde morava, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo investigações, o cubano Alejandro Prevez conseguiu entrar no imóvel da vítima usando uma ferramenta para abrir a fechadura e matou o galerista com 18 facadas, a maioria delas no rosto e tórax. 

Depois do assassinato na capital fluminense, Alejandro começou a se deslocar pelo Sudeste e foi para Minas, onde foi localizado dormindo dentro do veículo em um posto de gasolina. 

No caminho, ele descartou o carro usado no dia do crime e comprou um modelo mais antigo. Contra Alejandro foi cumprido um mandado de prisão temporária. Policiais Civis cumpriram ainda mandados de busca e apreensão na casa do suspeito em São Paulo.

Prevez havia trabalhado como segurança em uma residência comprada por Brent em Cuba, a pedido do ex-marido. Segundo os investigadores, a provável motivação do crime teria sido um desentendimento entre Brent e Daniel sobre o pagamento da herança, já que o ex-marido havia sido retirado da lista de beneficiários em uma nova versão do testamento, feita em maio de 2022.

No documento, Brent destinou US$1 milhão ao primeiro marido, Carlos. O restante ficou para os familiares e a maior parte foi destinada ao filho. Após o crime, Daniel retornou para os Estados Unidos, onde era procurado pelo FBI. 
 

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