O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foi absolvido pela Justiça Federal de São Paulo da acusação de recebimento de propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista. A irmã, Andrea Neves, o primo, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor do parlamentar, Mendherson Souza Lima, também foram inocentados.
À Justiça, Joesley informou que a relação dele com Aécio não tinha vínculo de obrigação e que os pagamentos eram lícitos. Em 2017, o deputado, derrotado por Dilma Rousseff na campanha presidencial de 2014, foi gravado pelo empresário acertando o pagamento da suposta propina.
O próprio Joesley entregou a gravação para o Ministério público Federal num acordo de delação premiada na operação Lava Jato. A denúncia diz que, quando senador, Aécio e a irmã solicitação dinheiro do empresário, o que faria com que o parlamentar atuasse em favor da JBS no Congresso Nacional.
Na última quinta-feira, 10, o juiz da 7ª Vara Criminal de São Paulo, Ali Mazloum, considerou a denúncia como “improcedente” e que “está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado pela PGR [Procuradoria-Geral da República]”.
Para o magistrado, não há provas de que Aécio tenha prometido usar o cargo para beneficiar os empresários em troca de propina.