A Advocacia Geral da União afirma que o presidente Jair Bolsonaro não irá prestar depoimento presencial no inquérito que apura a suposta interferência na Polícia Federal.
O ofício foi entregue ao Supremo Tribunal Federal e precisa ser analisado agora pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso.
A investigação está paralisada em função das incertezas sobre o depoimento do presidente: se seria por escrito ou de forma presencial.
A AGU tentava garantir que os esclarecimentos fossem prestados por escrito, privilégio que foi garantido por Fachin e depois Barroso em duas investigações contra Michel Temer. O relator do caso, Celso de Mello, pedia que o depoimento fosse presencial. Celso de Mello se aposentou desde então e o inquérito ficou com Alexandre de Moraes.
O inquérito foi aberto depois que Sérgio Moro pediu demissão do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública alegando pressões de Bolsonaro e tentativa de interferência na Polícia Federal.
O vídeo de uma reunião ministerial mostrava que Bolsonaro tinha intenção de trocar o chefe da PF do Rio. A gravação também mostrou uma série de ofensas de ministros de estado, entre eles Damares Alves e Abraham Weintraub.