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Aldeia onde menina yanomami teria sido estuprada por garimpeiros é incendiada

As 25 pessoas que viviam na comunidade não estavam no local

Narley Resende

Comunidade Aracaçá foi incendiada  Reprodução / @JYanomami
Comunidade Aracaçá foi incendiada
Reprodução / @JYanomami

A comunidade Aracaçá, na terra indígena Yanomami em Roraima, foi incendiada após denúncias de que uma menina de 12 anos foi estuprada e morta e uma criança de 3 anos teria caído num rio e desaparecido. 

Imagens da aldeia queimada foram publicadas por integrante do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY)

As 25 pessoas que viviam na comunidade não estavam no local.

Integrantes do conselho afirmaram que esses povos têm a tradição de queimar e evacuar o lugar onde moram se algum parente morre. A causa do incêndio, no entanto, não foi confirmada. 

Na última segunda (25), o presidente do grupo, Júnior Hekurari Yanomami, publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que recebeu relatos das violências, supostamente praticadas por garimpeiros ilegais que invadiram o território na região de Waikás.

Ele então avisou as autoridades e, na quarta (27), acompanhou uma comitiva ao local com equipes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Funai (Fundação Nacional do Índio) e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) —a missão que partiria na terça (26) foi interrompida por questões climáticas.

O garimpo e a aldeia ficam separados por um rio, a poucos minutos de barco e caminhada. 

Nesta semana, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou nesta quinta-feira (28) uma apuração rigorosa sobre a notícia de uma menina indígena de 12 anos teria sido estuprada e morta por garimpeiros em uma comunidade Yanomami, em Roraima. O crime ocorreu na última segunda-feira (25). 

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