Alemanha tem março mais quente desde o início dos registros

Fim do inverno foi excepcionalmente ameno no país europeu, com fevereiro e março registrando calor recorde.

Por Deutsche Welle

Alemanha tem março mais quente desde o início dos registros
Bandeira da Alemanha
HANNIBAL HANSCHKE/REUTERS

A Alemanha registrou o mês de março mais quente desde o início dos registros, informou nesta terça-feira (02/04) o Serviço Alemão de Meteorologia (DWD), agência federal da Alemanha que monitoria o clima.

Com um fim de inverno excepcionalmente ameno, a temperatura média de março ficou em 7,5°C - quatro graus acima da média do período de referência reconhecido, que usa registros de 1961 a 1990, informou o DWD. Em comparação com o período de comparação atual e mais quente de 1991 a 2020, o aumento foi de 2,9°C. Os 7,5°C de temperatura média também excederam significativamente o recorde anterior, de 2017 (7,2°C).

Em 30 de março, pouco após o inverno, as temperaturas atingiram 24,9°C em Cottbus, perto da fronteira com a Polônia, e 24°C em Munique, no sul - temperaturas que costumam ser associadas aos meses de verão.

Fevereiro de 2024 também foi marcado por um novo recorde histórico, com uma temperatura média de 6,6°C.

Os números preliminares de todo o período de inverno divulgados em fevereiro já mostravam que a Alemanha teve um longo período de clima excepcionalmente quente e úmido.

Uma média de 270 litros de chuva por metro quadrado caiu entre o início de dezembro e o final de fevereiro - quase 50% a mais do que a quantidade normal, informou o DWD.

Com uma temperatura média de 4,1°C, o inverno como um todo - de 21 de dezembro a 20 de março - foi o terceiro mais quente desde o início dos registros, em 1881, de acordo com os números preliminares.

A agência ainda apontou que esse foi o 13º inverno consecutivo na Alemanha que foi considerado ameno.

Em 2023, cerca de 3.100 pessoas morreram na Alemanha devido a altas temperaturas, segundo o Instituto Robert Koch (RKI), agência nacional de saúde pública.

Globalmente, 2023 foi de longe o ano mais quente já registrado, segundo o relatório anual State of the Climate (Situação do Clima) da Organização Meteorológica Mundial da ONU (OMM), divulgado em março.

As temperaturas globais "quebraram" recordes enquanto as ondas de calor castigaram os oceanos e as geleiras sofreram uma perda recorde de gelo, disse a ONU.

"Há uma grande probabilidade de que 2024 quebre novamente o recorde de 2023", disse o chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour. Ainda nesta terça-feira, a Espanha informou que caminha para ter os três primeiros meses do ano mais quentes desde o início dos registros.

jps (dpa, ots)

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