Pelo menos cinco mil crianças sofreram algum tipo de violência doméstica durante a pandemia na cidade de São Paulo. As informações são da repórter Gabrielle Guimarães, da Rádio Bandeirantes.
O levantamento das secretarias municipais de Assistência e Desenvolvimento Social e da Saúde reuniu dados do período entre março e setembro.
As agressões físicas ou psicológicas foram registradas durante os atendimentos feitos por unidades de saúde da capital.
Segundo a psicóloga Sirlene Ferreira, a hiperconvivência familiar tem deixado as crianças mais vulneráveis. Os colégios da cidade começaram a ser reabertos no início do mês para algumas atividades.
A retomada das aulas está prevista para terça-feira, 03, mas apenas para o ensino médio, ou seja, adolescentes.
Segundo o juiz titular da Vara da Infância de Guarulhos, a escola é um importante meio de denúncia encontrado pelos menores. Para Iberê de Castro Dias, os meses de paralisação podem omitir o número real da violência.
Para contornar a situação, a Prefeitura de São Paulo decidiu ampliar as atividades dos Centros Criança e Adolescentes que foram reduzidas por causa da pandemia.
As unidades acolhem crianças de 6 a 14 anos em vulnerabilidade social e oferecem aulas culturais e esportivas no contraturno escolar.