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Após vetar pronunciamento de ministro, Fachin se despede da Presidência do TSE

"A democracia se enverga, mas não se dobra, nem quebra", disse Edson Fachin em sua última sessão à frente do TSE

Da redação

Com discurso em defesa da democracia, o ministro Edson Fachin participou da sua última sessão como Presidente do Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira (09). Fachin fez um relato de sua atuação à frente do TSE, destacou as parcerias com instituições para fiscalizar o processo eleitoral e com organismos internacionais, que vão acompanhar de perto as eleições de outubro.

O presidente do Tribunal falou também da importância do combate à desinformação e às notícias falsas. Antes da sessão, Fachin vetou uma declaração do ministro Marcelo Queiroga em rede nacional.

Na reta final como presidente do TSE, o ministro Edson Fachin negou o pedido de pronunciamento do Ministro da Saúde sobre a campanha nacional de vacinação. O motivo alegado é a legislação eleitoral. Segundo Fachin, o discurso de Queiroga fazia elogios ao governo Bolsonaro, que vai tentar a reeleição.

O ministro fica na Presidência do TSE até 16 de agosto, quando passará o cargo ao atual vice Alexandre de Moraes, que foi eleito pelo plenário do Tribunal. 

“Deixo a Presidência deste Tribunal com duas certezas inabaláveis, a primeira delas é a de que a democracia é condição de possibilidade para coexistirmos em paz, no dissenso respeitoso, no canteiro de obras que é a própria democracia, e hoje tenho também a certeza inabalável que a democracia se enverga, mas não se dobra, nem quebra com as fake news", disse o ministro na sessão.

Fachin concluiu afirmando que confia no sucesso das eleições de outubro e no respeito ao resultado das urnas: “Eu, e a maioria esmagadora da população brasileira, como se viu na última pesquisa Datafolha, acreditamos na urna eletrônica e no seu trabalho valoroso”.

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