A CPI da Pandemia divulgou nesta sexta-feira uma lista de investigados. Entre eles está o atual ministro da Saúde Marcelo Queiroga.
O relator Renan Calheiros (MDB-AL) usou a participação, segundo ele, "pífia" de Queiroga na CPI e a fala de Bolsonaro sobre uma norma técnica para desobrigar o uso de máscaras para pessoas vacinadas e que já tiveram a Covid-19 para justificar a investigação do ministro.
Calheiros também disse que Queiroga mentiu muito à comissão e que comprou vacinas 20% mais caras.
Na lista também estão os ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo, além de membros do gabinete paralelo, que supostamente auxiliava o governo informalmente na gestão da pandemia.
Veja a lista de investigados:
- Elcio Franco Filho (Número 2 do Ministério da Saúde durante a gestão Pazuello)
- Arthur Weintraub (Ex-assessor de Bolsonaro e membro do gabinete paralelo)
- Carlos Wizard (Empresário defensor da cloroquina e membro do gabinete paralelo)
- Eduardo Pazuello (Ex-ministro da Saúde)
- Ernesto Araújo (Ex-ministro das Relações Exteriores)
- Fábio Wajngarten (Ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo)
- Franciele Francinato (Coordenadora do Programa Nacional de Imunização)
- Hélio Angotti Neto (Secretário do Ministério da Saúde)
- Marcellus Campêlo (Ex-secretário da Saúde do Estado do Amazonas)
- Marcelo Queiroga (Ministro da Saúde)
- Mayra Pinheiro (Secretária do Ministério da Saúde conhecida como capitã cloroquina)
- Nise Yamaguchi (Médica defensora da cloroquina e membro do gabinete paralelo)
- Paolo Zanotto (Médico membro do gabinete paralelo)
- Luciano Dias Azevedo (Militar e médico membro do gabinete paralelo que foi junto com Mayra apresentar o TrateCov em Manaus)
"Contra essas pessoas as quais já acessamos provas e indícios, nós precisamos mudar o patamar da investigação e transformá-los em investigados", explicou Renan Calheiros.
Como investigados, eles passam a ter direito de acessar documentos e podem permanecer em silêncio caso sejam convocados a depor na CPI sem a necessidade de um habeas corpus.