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Aécio Neves denuncia "fraude" para favorecer Doria nas prévias do PSDB

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O deputado federal Aécio Neves disse nesta quinta-feira (4) à Rádio Bandeirantes que houve fraude no processo de prévias do PSDB para favorecer a pré-candidatura do governador de São Paulo, João Doria, à Presidência da República nas eleições de 2022.

"Nós entramos nas prévias preparados para aceitar o resultado, mas ocorreu algo extremamente grave nas últimas semanas de discussões internas: uma tentativa de fraude das eleições, já apurada e definida pela comissão executiva e pela comissão das prévias, que retirou o nome de prefeitos e vice-prefeitos de São Paulo que tiveram suas datas de filiação adulteradas para que pudessem participar. Isso gera sequelas. É grave. Não pode ser uma prática aceitável dentro do PSDB. Eu defendo que os responsáveis sejam enviados à comissão de ética do partido", afirmou.

O PSDB determinou que só políticos filiados até o dia 31 de maio poderiam votar. De acordo com Aécio, no entanto, aliados de Doria cadastraram 92 políticos do interior de São Paulo com datas retroativas para burlar as regras e colocá-los no processo.

Questionado sobre quem seriam os responsáveis pela fraude, Aécio citou Marco Vinholi, presidente do diretório paulista da sigla, e ressaltou que pretende encaminhar as provas colhidas até o momento ao Ministério Público Eleitoral.

Frente à acusação, a legenda anunciou nesta terça-feira (2) a retirada dos 92 nomes da lista de eleitores aptos.

"Isso mancha nossas prévias, mas vamos ter que colar os cacos e compreender que acima de nós existe um dos poucos partidos com um projeto viável ao Brasil. Isso é grave e precisa ter consequências, inclusive jurídicas, para que não se transforme em uma prática cotidiana no PSDB."

Aécio apoia Leite nas prévias

A votação final das prévias está prevista para o dia 21 de novembro e, além de Doria, conta com a participação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Doria e Leite são considerados favoritos.

Aécio segue a orientação do diretório estadual de Minas Gerais e apoia a pré-candidatura do governador do Rio Grande do Sul.

"Essa divisão perversa que vivemos teve início no governo do PT. O 'nós contra eles', 'ricos contra pobres'. Nós éramos inimigos. Isso se agravou no governo Bolsonaro (...). Agora, para construirmos uma terceira via com responsabilidade, é fundamental que tenhamos um nome que possa unir forças políticas e da sociedade. O governador de São Paulo nos levaria a um isolamento muito grande. Esse isolamento retiraria do PSDB qualquer protagonismo nas próximas eleições. Eduardo surge como uma cara nova, ideias novas, experiência administrativa", concluiu.

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