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Kalil diz que áudio vazado é "ato de garoto irresponsável" orquestrado por opositores

Datena

Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte
Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse nesta sexta-feira (22) à Rádio Bandeirantes que o vazamento de áudios atribuídos a ele que levaram à discussão de um possível impeachment na Câmara Municipal da capital mineira é "ilegal" e que a gravação foi feita premeditadamente por um "garoto irresponsável de 20 e poucos anos", possivelmente liderado por opositores políticos.

O áudio foi gravado pelo ex-chefe de gabinete de Kalil, Alberto Lage, e exibido ontem (21) durante sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid na cidade. Nele, o prefeito sugere que empresários ligados a empresas de ônibus pagariam para a contratação da defesa do ex-presidente da BHTrans, Célio Bouzada, investigado por supostas irregularidades na gestão do transporte público.

"É um negócio absolutamente político. [A gravação] foi feita no bolso do paletó de um chefe de gabinete que ficou comigo por 2 meses, entrou premeditado para me gravar. Eu não mando áudio, foi uma gravação do ambiente (...). A pessoa entrar e gravar os outros no paletó, o país aceita com a maior normalidade? Um cara que seria de confiança, dentro do meu gabinete, no meu ambiente. Ele gravou uma conversa intima", criticou.

“Mas quero esclarecer esse áudio que foi gravado e vazado ilegalmente, criminalmente, um ato de um garoto de 20 e poucos anos, um irresponsável. Eu disse a ele que pensava que talvez, podia ser, que um advogado do ex-presidente da BHTrans estaria sendo pago por empresários de ônibus. O ‘áudio escandaloso’ é simplesmente esse. Não envolve de forma nenhuma a prefeitura ou o prefeito (...). E mesmo se eu tivesse dito ‘eu tenho certeza que Fulano está sendo pago pelo Beltrano’, qual crime estaria cometendo? Essa é a grande polêmica política que está sendo colocada em Belo Horizonte”, ironizou.

Kalil afirmou ainda que o vazamento faz parte de uma "campanha que extrapola Belo Horizonte" contra sua eventual candidatura ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2022.

"Isso está sendo orquestrado por vários entes que tem medo de o Kalil ser candidato. Esse foi o 'grande crime' cometido pelo prefeito. Nunca fiz nada contra esse rapaz [o então chefe de gabinete]. Foi caso pensado, deve ter coisa rolando por trás. Botar gravador no bolso para gravar os outros é coisa de filme de bandido e marginal."

"Agora falam em impeachment. Por qual crime? Opinar? Esse país tem lei, uai, não é assim (...). Isso é uma campanha cretina e nojenta, vão ter que me enfrentar de outra maneira."

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