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Anvisa autoriza testes de mais duas vacinas contra covid-19

Datena

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou, nesta quarta-feira (14), o início de testes clínicos de mais duas vacinas contra a covid-19 no Brasil: uma versão modificada do imunizante de Oxford/AstraZeneca e outra desenvolvida pela Academia Chinesa de Ciências Médicas. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos da Anvisa, explicou que elas podem podem ter uma resposta mais eficaz contra as variantes do coronavírus.

"São duas novas propostas de vacinas, o que significa mais esperança. A primeira é da Academia Chinesa. Já em uma segunda geração, considerando as variantes, eles pegaram o vírus e inativaram para propor uma nova vacina. A outra é da AstraZeneca, só que com a genética modificada também pensando em uma nova perspectiva. Eles mantiveram o vírus vetor, mas mudaram o material genético acreditando que pode ter uma resposta mais abrangente contra as variantes", disse.

"A gente tem acompanhado de perto essa questão das variantes. Temos visto surgir várias mudanças no vírus. É importante ficar claro que já há mais de 17 mil variantes catalogadas, mas nem todas são importantes. Dessas, temos um número mais limitado. Nós temos cobrado os desenvolvedores. É comum, como acontece com a gripe, por exemplo, todo ano ter atualizações. Pelo que vislumbramos, é possível que tenhamos uma situação parecida com o coronavírus, é possível que a gente tenha que atualizar as vacinas", completou.

Segundo a Anvisa, a pesquisa com a candidata da Academia Chinesa será feita em fase 3, controlada por placebo, para avaliar a eficácia, a segurança e a imunogenicidade da vacina em adultos de 18 anos ou mais, após um cronograma de duas doses, com intervalo de 14 dias entre a primeira e segunda.

Aproximadamente 34.020 participantes serão recrutados entre centros do Brasil, Malásia, Bangladesh, China e México. Por aqui, haverá 7.992 participantes de Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. 

Já o estudo da vacina de Oxford/AstraZeneca modificada será realizado em fase 2 em adultos de 18 anos ou mais para determinar a segurança e a imunogenicidade da candidata.

Haverá, no total, 2.475 participantes no Brasil, Reino Unido, África do Sul e Polônia, sendo 800 deles do nosso país (Bahia, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo).