Notícias

Relatório da CPI vai apontar ao menos 11 crimes cometidos por Bolsonaro, diz Randolfe

Datena

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, adiantou nesta quinta-feira (14) à Rádio Bandeirantes que o relatório final da comissão parlamentar de inquérito vai apontar ao menos 11 crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, incluindo "crimes de responsabilidade, crimes comuns e crimes contra a humanidade".

"O relatório será apresentado no dia 19. Nossa ideia é votar no dia 20. Foram 125 dias de CPI e acredito que, ao longo desse período, temos algumas vitórias. Antes, o governo pautava como enfrentamento da pandemia a cloroquina. Nós colocamos a vacina na pauta. Hoje quem defende a cloroquina está mais intimidado. A CPI revelou a existência de um esquema de corrupção, de um balcão de negócios no Ministério da Saúde. Apontou o esquema da Precisa, Bharat Biotech, VTCLog, Davati e tantos outros (...). Por fim, nos últimos capítulos, descortinamos o caso espantoso da Prevent Senior", resumiu o senador.

"Teremos de 40 a 50 pessoas indiciadas e certamente chegará ao Palácio do Planalto. Serão apontados ao menos 11 crimes cometidos pelo presidente da República. Haverá indicação de crime de responsabilidade, crimes comuns e crimes contra a humanidade. No dia 19 pretendemos ler, no dia 20 aprovar e no dia 21 entregar o documento a autoridades, iniciando pela Procuradoria-Geral da República, depois ao presidente da Câmara e às demais repartições de foro", completou.

No início deste mês, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), havia dito ao blog que o texto deveria indiciar "ao menos 30 pessoas" investigadas.

Randolfe contou também que o relatório será posteriormente encaminhado à CPI criada na Câmara Municipal de São Paulo e à CPI instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para apurar irregularidades nos hospitais locais da Prevent Senior.

Em seguida, o Senado planeja criar um "observatório" para acompanhar os desdobramentos das investigações.

"A ideia é que esse observatório acompanhe as consequências do relatório. Não podemos rugir como leão nas inquirições e miar como gatinho ao final. Tenho a convicção de que o relatório será forte e impactante para apontar o conjunto de crimes que foram cometidos no decorrer da pandemia."

MAIS DETALHES AQUI: