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Ponto final

Datena

Outra tragédia anunciada. Quando escrevo esta coluna, já havia 19 mortos em outro acidente de ônibus entre o Paraná e Santa Catarina, no litoral de Guaratuba. Não sei ainda os motivos, mas não fica difícil imaginar com os dois outros acidentes rodoviários que aconteceram entre novembro e dezembro, em São Paulo e Minas Gerais, em que dezenas de pessoas morreram em ônibus em péssimas condições.

O cenário é sempre o mesmo: empresas clandestinas que burlam a lei com veículos sem nenhuma condição mecânica – e, por vezes, nem legal de se transportar passageiros. Mas transportam. Leis ultrapassadas facilitam isso. Empresas multadas mudam de nome e voltam a operar enquanto outras alteram as sedes e usam estradas alternativas.

Isso não muda – e pelo jeito vai demorar demais que aconteça algo que salve vidas no meio desse caminho. Na sequência , nosso repórter especial, Agostinho Teixeira, mostrou como é fácil comprar um ônibus usado e, sem qualquer autorização, sair por aí conduzindo pessoas para o lugar de sempre. O ponto final é a morte. Só resta saber até quando.

As famílias dos mortos nestes acidentes ou eventos criminosos esperam por uma resposta: Justiça. Se for feita, com certeza poupará muitas vidas no futuro. A ciência, com recursos e competência, já adiantou a vacina em pelo menos dez anos. Tomara que antes do fim deste pesadelo, por intervenção de DEUS e da ciência, surjam mais formas de se preservar vida.

Caso o contrário, o horror que aí está pode ser só o começo do fim.

Este texto foi originalmente publicado no METRO JORNAL