Em 2022, quase 1,3 milhão de eleitores brasileiros declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. A parcela da população cresceu 35% em relação à última eleição presidencial. No Brasil, mais de 160 mil seções estão adaptadas e parte delas fica em São Paulo.
“Eu votava em um lugar com escadas, tinha que ser carregada e não conseguia chegar até o local de votação, era o maior transtorno”, comenta a atriz Suely Rezende, cadeirante há 16 anos devido uma doença degenerativa neurológica. Mesmo com a dificuldade de se locomover na zona eleitoral, Suely nunca deixou de votar, mas o voto com acessibilidade é uma conquista recente. “Então, eu voto perto de casa em um lugar com acessibilidade arquitetônica”, diz ela.
Além da acessibilidade nas seções eleitorais, as urnas eletrônicas tem linguagem de sinais para surdos e o recurso de áudio para deficientes visuais.
“Mesmo com a deficiência visual, está ali votando com fone de ouvido na urna consegue dar o voto”, relata o Cláudio Ângelo, deficiente visual que trabalha com controle de qualidade.
O coordenador de acessibilidade do Tribunal Regional Eleitoral de SP (TRE-SP) diz que o voto é um direito que as pessoas com deficiência sejam representadas. “A briga agora é para adequar os lugares para que as pessoas com deficiência possam fazer sua escolha e votar. Nesse movimento, pessoas que estavam ‘escondidas’ começam a vir pro processo eleitoral”.
Locais de votação
As pessoas com deficiência ou outros eleitores que tenham qualquer dificuldade, como grávidas ou idosos, não precisarão enfrentar filas nos locais de votação. A recomendação é que procurem o coordenador de acessibilidade da zona eleitoral. Para facilitar na localização do funcionário do pleito, usarão uma camiseta especial para identificação. Veja a imagem: