A greve de ônibus em São Paulo causou muitos transtornos, principalmente para aquele passageiro se desloca de longe para trabalhar no Centro da cidade. Além disso, a falta dos coletivos sobrecarregou os sistemas de metrô e trem, além motivar a prefeitura liberar o rodízio de carros, ou seja, trânsito lento.
A pergunta é: qual foi o impacto da paralisação dos motoristas e cobradores nesta terça-feira (14) na maior cidade do Brasil? Os repórteres da Band estiveram em várias partes da cidade para mostrarem as consequências da greve na vida das pessoas.
Superlotação na Luz
De início, notamos que a greve de ônibus impactou os trens da CPTM e do sistema de metrô. Na Estação Luz, Centro da capital, multidões se aglomeravam em busca de alguns centímetros nos veículos sobre trilhos.
“Só o pobre que se lasca e sofre com esse transtorno todo”, comentou um passageiro. “Eles não pensam em nós”, disparou outro usuário.
Terminais vazios
Já no extremo Sul de São Paulo, no Terminal Varginha, uma plataforma que deveria estar lotada ficou vazia.
“Sem chances, hoje. Para mim, só tem opção de ônibus. Não tem opção de trem”, lamentou uma jovem que estava no Terminal Varginha.
Transporte por aplicativo
Em Itaquera, ponto-chave no transporte público da zona Leste São Paulo, afetou milhares de passageiros na região mais populosa da capital. Lá recebe usuários de várias localidades que não têm acesso ao metrô ou trem.
Para muita gente, restou pedir transporte por aplicativo. Devido à alta procura, os preços subiram e a oferta despencou. Quem conseguia uma corrida, esperava bastante para embarcar.
“Quem tem condição, pega Uber, táxi. Quem não tem, vai a pé ou não vai trabalhar”, reclamou um idoso de 62 anos afetado pela greve.
Suspensão da greve
Por volta das 15h30 de hoje, empresários e o Sindicato dos Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Paulo (Sindmotoristas) entraram em acordo, que resultou na suspensão da greve por cinco dias. Isso porque os patrões aceitaram o reajuste de 12,47% retroativo a 1º de maio.
Em conversa com José Luiz Datena, no Brasil Urgente, o presidente licenciado do Sindimotoristas, Valdevan Noventa, disse que a greve pode ser retomada se as reinvindicações não forem atendidas.
“Foi um dia extenso para a gente. Foi uma reunião de mais de 5h para chegar a esse entendimento. Suspendemos a greve para a negociação de um prazo de cinco dias para negociar as demais causas de um acordo coletivo”, disse Noventa.