A Polícia Militar de São Paulo está cumprindo a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e já começou a agir em todo o estado para desobstruir os pontos de bloqueios ilegais nas estradas paulistas. Em entrevista para o Boa Tarde, São Paulo, o secretário executivo do órgão, o coronel Álvaro Camilo, disse que até o final desta terça-feira (1º) as vias do estado estarão liberadas.
“A expectativa é que, até o final do dia, as principais estradas de São Paulo estejam liberadas. Em todo o estado, o Choque (batalhão da polícia) está atuando nas proximidades da capital, e no interior estamos com os Batalhões de Operações Especiais da Polícia Militar que estão ajudando as autoridades locais na desobstrução das vias”, informou coronel Camilo.
Imagens de confrontos entre os bolsonaristas e a Polícia Militar na rodovia Castello Branco foi destaque nas telas da Band e BandNews TV. O secretário executivo da PM disse que o confronto foi motivado porque os manifestantes não entraram em acordo com as negociações.
Segundo ele, os policiais primeiro negociam a liberação das vias, caso permaneça o bloqueio aplicam a multa de R$ 100 mil por hora para o caminhão ou veículo que esteja estacionado na estrada e, em caso de ter resistência, a utilização do uso da tropa de Choque, como é o caso da Castello Branco.
“Conversa, multa, retirar se for necessário, sendo caminhão ou manifestantes, que também estão sendo retirados. Aqueles que resistirem serão levados para a delegacia”, informa o secretário executivo da Polícia Militar, coronel Álvaro Camilo.
O coronel disse que mais de 40 pontos foram liberados pela Polícia Militar, cerca de 60 a 70 bloqueios ainda continuam. “Alguns pequenos e outros maiores, a polícia vai fazer a intervenção em todos os pontos, sem dúvida nenhuma, a ideia é restabelecer a ordem”.
Os principais pontos de bloqueio estão registrados nas rodovias Castello Branco e Régis Bittencourt, Álvaro Camilo aproveitou a entrevista e fez um alerta. “Tem caminhões com alimentos perecíveis, com ovos para produção de vacina (...), pessoas se dirigindo a hospitais, temos ambulância querendo chegar, mas não consegue nem chegar na zona de bloqueio”.