O irmão mais velho de Marcelo Arruda, guarda municipal petista morto pelo bolsonarista Jorge Guaranho, foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira (20).
Em um evento religioso, horas depois, Bolsonaro citou o encontro, que durou cerca de uma hora, e relembrou o crime. “Injustificável. Brigas existem, mas como aquela não tem explicação. Não interessa a coloração partidária daquela pessoa”, disse.
O filho de Marcelo Arruda se manifestou sobre a visita do tio a Bolsonaro e afirmou que foi uma atitude individual e que não representou o desejo da família.
O caso
O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello acolheu a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná e tornou o policial penal Jorge Guaranho réu por homicídio qualificado por motivo fútil pela morte do guarda municipal Marcelo Arruda.
Para o Ministério Público, o assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, foi premeditado e motivado por questões políticas. Diferente do que entende a Polícia Civil, que indiciou Jorge Garanho por homicídio qualificado por motivo torpe e perigo comum.
Segundo o MP, Guaranho agiu por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas” e colocou a vida de mais pessoas em risco ao efetuar disparos diversas vezes. O policial tem dez dias para apresentar defesa e testemunhas que serão ouvidas.
O atirador deixou a UTI, mas segue internado em Foz do Iguaçu. Segundo a equipe médica, Guaranho já não está mais sedado e nem respira com a ajuda de aparelhos. Ele segue sob escolta policial e, assim que receber alta, será levado para uma cadeia pública.