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Bolsonaro viaja para os EUA e não irá entregar a faixa presidencial para Lula

Presidente embarcou em vôo da FAB para Orlando onde ficará por cerca de 30 dias em um resort de Donald Trump

Da redação

Voo da FAB levou Jair Bolsonaro para Orlando (EUA) Ueslei Marcelino/Reuters
Voo da FAB levou Jair Bolsonaro para Orlando (EUA)
Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou na tarde desta sexta-feira (30) em um avião da Força Aérea Brasileira com destino a Orlando, nos Estados Unidos, onde irá para um resort do ex-presidente americano Donald Trump e vai ficar, pelo menos, 30 dias. O mandato de Bolsonaro após quatro anos na Presidência termina neste sábado (31).

Com a viagem, Bolsonaro não irá participar da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, neste domingo (1º), em Brasília, com a simbólica entrega da faixa. A última vez que isso aconteceu foi quando o ex-presidente João Baptista Figueiredo, o último presidente do regime militar, deixou o poder, em 1985, e não passou a faixa para José Sarney.

Foi publicado no Diário Oficial da União um despacho que prevê a ida de cinco assessores para os Estados Unidos acompanhar o futuro ex-presidente em Miami, em 1º de janeiro, em uma “agenda internacional”. 

Em uma live na manhã desta sexta-feira, Jair Bolsonaro repudiou a tentativa de ataque a bomba em Brasília no dia 24 de dezembro. O homem identificado como George Washington Oliveira Sousa, de 54 anos, colocou um explosivo em um caminhão que transportava querosene nos arredores do aeroporto da capital federal, mas o motorista identificou e a polícia conseguiu evitar que o artefato explodisse. 

“Nada justifica, aqui em Brasília, a tentativa de ato terrorista na região do aeroporto, nada justifica um elemento, que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação, mas classificam como bolsonarista”, disse Bolsonaro durante o pronunciamento em canal do YouTube. 

Termo “bolsonarista” 

Bolsonaro ainda atacou que qualquer pessoa que comete algum ato que seja considerado algum ato considerado reprovável pela sociedade é chamado de “bolsonarista”, repudia o uso do termo e ataca a imprensa. 

“Hoje em dia, se uma pessoa comete um deslize, crime ou faz algo reprovável pela sociedade é bolsonarista. Fui lendo durante a campanha, aquela tragédia lá em Foz do Iguaçu, onde uma pessoa mata a outra e aí ‘bolsonarista’. Eu estive com um dos familiares em Brasília, comentamos sobre o episódio e lamentamos em todos os aspectos, nada justifica”, disse. 

Liberdade de expressão

Durante o pronunciamento, Bolsonaro disse que sempre lutou pela democracia, liberdade, respeito às leis e à Constituição. “Eu passei quatro anos a trabalhar juntamente com meus ministros mostrando a importância da liberdade para a democracia. O oxigênio da democracia é a liberdade, em toda a sua plenitude”. 

“Até a liberdade do médico foi tolhida. Os médicos têm o direito, tem o dever de salvar a vida do próximo ou diminuir sua dor e ele foi tolhido disso por ocasião da covid, que lamentavelmente no Brasil matou mais de 600 mil pessoas”, relatou o futuro ex-presidente ao se referir a pandemia e ao tratamento precoce, que não tem indícios científicos comprovados.

Ataque ao TSE

“Hoje em dia se você falar em urna, tem um problema sério. Se for parlamentar pode perder o mandado, como o deputado estadual Francischini, lá do Paraná. As nossas liberdades estão sendo tolhidas, nós temos que lutar contra isso, cada um fazer a sua parte, é uma luta do povo brasileiro e discutir algumas questões que discutindo você aperfeiçoa”, diz o político. 

Balanço dos quatro anos do governo 

Jair Bolsonaro dedicou parte da live para fazer um balanço do governo federal e citou, por exemplo, a renegociação da dívida do FIES e diz que levou a paz para o campo. 

“Nosso decreto de armas, que agora estão dizendo que serão revogadas, foi uma das ações responsáveis por passar de 60 mil mortes por ano para 40 mil. Todo mundo diz que quer combater a violência, nós combatemos também com isso, além dos recursos do Ministério da Justiça para todos os governadores”, diz Bolsonaro. 

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