Bebê abandonado em UPA: adolescente diz que encontrou criança em área de mata

Mulher que aparece nas imagens abandonando um bebê em São Bernardo do Campo (SP) disse em depoimento que não é mãe da criança

Por Guilherme Oliveira

A Polícia Civil de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, identificou a mulher que abandonou um bebê de dez meses em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. A adolescente disse que encontrou a criança em uma região de mato próxima a sua casa. 

A delegada seccional de São Bernardo, Kelly Sacchetto, declarou à Band que a adolescente foi até o local por carro de aplicativo. Em depoimento, ela disse que não era a mãe da criança. 

“Ela confirmou que, de fato, deixou o bebê na UPA, mas que não era mãe da criança. Que ela havia o encontrado em uma zona de mata próximo à casa dela e muito assustada, querendo ajudar o bebê, limpou, o colocou em roupas limpas e teve a ideia de deixá-lo em uma UPA porque ali ele seria assistido”, declarou a delegada. 

Em depoimento, ela declarou que não informou a família sobre ter encontrado a criança, mas não explicou o motivo de não ter contado. 

A polícia, que segue investigando o caso, ouvirá outras testemunhas desse caso, como familiares da jovem, para saber se ela engravidou e teve ou não um bebê, para dar sequência nas investigações. 

Imagens mostram momento que a jovem abandona bebê 

No vídeo, é possível ver quando a mulher chega à unidade de saúde com a criança no colo, enrolada em fronhas e em um moletom vermelho. Ela fica cerca de sete minutos no local e depois é registrada saindo sem a criança. 

O bebê foi achado sozinho no banheiro feminino por uma funcionária da limpeza, que chamou enfermeiros e outros profissionais para atendê-lo. Junto havia um bilhete escrito: "Boa tarde. Por favor, cuidem bem dele e o leve ao médico". Os funcionários acionaram a polícia, e a criança foi encaminhada para um hospital da cidade. 

Segundo a prefeitura de São Bernardo do Campo, o estado de saúde do bebê é estável, mas ele ficará por pelo menos 30 dias internado sob observação. O Conselho Tutelar da cidade acompanha o caso. 

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