Brasileiras na Alemanha: defesa cita análise de imagens para possível soltura

Advogada Chayanne Kuss de Souza informou à Band que o promotor alemão prometeu posicionamento sobre a prisão das brasileiras em até quatro horas

Da redação

Brasileiras na Alemanha: defesa cita análise de imagens para possível soltura
Brasileiras na Alemanha: defesa cita análise de imagens para possível soltura
Reprodução

A Polícia Federal da Alemanha já está com as imagens do Aeroporto de Guarulhos e analisa os vídeos da troca das malas das brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini, que foram presas em Frankfurt, na Alemanha, por tráfico de drogas. A informação é da advogada das vítimas Chayanne Kuss de Souza, em entrevista ao Bora Brasil. 

“O que eu posso informar agora é que a Polícia Federal alemã está, neste momento, analisando os vídeos e todas as provas enviadas por via oficial pelo Ministério da Justiça e Secretaria Nacional de Justiça para o governo alemão. A polícia está se debruçando nessas imagens, são mais de 200 horas de imagens”, informou a advogada. 

Na entrevista, Chayanne Kuss de Souza relatou que conversou com o promotor público responsável pelo caso e, segundo ela, ele prometeu que em até quatro horas retornaria o contato para dizer se vai pedir a soltura das brasileiras de ofício, ou seja, com a necessidade de uma nova audiência. 

“O juiz responsável pelo caso está de férias, o juiz substituto que fez a audiência na semana passada entrou de férias hoje (11). Então, já providenciei o nome e o telefone do juiz que está atuando hoje e estamos esperando esse parecer da Polícia Federal alemã, que será enviado dentro de quatro horas para a promotoria”, acrescentou a advogada. 

Mesmo que as autoridades alemãs não estejam convencidos de que Kátyna Baía e Jeanne Paollini tenham, realmente, sido vítimas de um esquema envolvendo funcionários do Aeroporto de Guarulhos, a defesa das brasileiras vai pedir para que elas respondam em liberdade. 

Atuação das autoridades brasileiras

Ao ser questionada por Joel Datena se houve morosidade por parte do governo e Justiça brasileira, ou seja, se houve demora para oferecer o suporte, a advogada Chayanne Kuss de Souza informou que não. 

“De forma alguma, inclusive a Polícia Federal brasileira foi tão rápida em enviar as provas, que a Polícia Federal alemã, em juízo em audiência, determinou e também acreditou que as provas foram enviadas por um caminho não oficial, o que não é verdade. Dada a urgência do caso poderia sim ter sido considerado meio oficial e essa é justamente a nossa base de atuação”, pontuou. 

“Por acreditarmos que tanto o governo brasileiro e a Polícia Federal brasileira estavam realmente esforçando-se para enviar em menor tempo possível, que cancelamos a audiência e pedimos que fosse enviado. Isso já foi enviado, já foi recebido, a morosidade existe, porém é mais pelo lado da Justiça alemã”, finalizou.

O que diz o governo brasileiro

O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, se pronunciou sobre o caso e disse que não há nenhum atraso na entrega de documentos por parte do Brasil. 

Segundo ele, as provas foram encaminhadas para a Justiça da Alemanha logo após que o governo brasileiro tomou conhecimento do caso, depois da audiência de custódia. “Não houve, por parte do governo brasileiro, por parte do Ministério da Justiça, um atraso sequer de um dia para responder”. 

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