Caso brigadeirão: perícia encontra clonazepam e morfina no corpo de empresário

Polícia acredita que a namorada da vítima tenha colocado pelo menos 50 comprimidos de um medicamento controlado em um brigadeirão servido ao empresário

Por Clara Nery

Um laudo do departamento de Polícia Técnico-Cientifica do Rio de Janeiro, que o Grupo Bandeirantes teve acesso, aponta que a perícia encontrou morfina e outras substâncias no organismo do empresário Luiz Marcelo Ormond

A Polícia Civil acredita que a namorada da vítima, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, tenha colocado pelo menos 50 comprimidos de um medicamento controlado em um brigadeirão servido ao empresário. 

Segundo o laudo, a perícia fez análise do material do conteúdo estomacal de Luiz Marcelo Ormond. Entre os padrões de referência, foram detectados amostras das seguintes substâncias: 

  • Clonazepam
  • 7-Aminoclonazepam
  • Cafeína
  • Morfina

O clonazepam é um medicamento usado para prevenir e tratar convulsões, transtornos do pânico e de ansiedade e o distúrbio do movimento conhecido como acatisia. 

No laudo, apesar de citar as substâncias encontradas no corpo do empresário, a perícia ainda não confirma se a morte de Luiz Marcelo Ormond foi causada pelos fármacos. 

Caso brigadeirão

Luiz Marcelo Ormond, de 44 anos, foi visto pela última vez na tarde de sexta-feira (17), saindo da piscina do prédio, acompanhado de Júlia Pimenta, de 29 anos. O momento foi gravado por câmeras de segurança do edifício. As imagens, obtidas pela Band, mostram os dois no elevador. O empresário tosse bastante e aparenta estar com tontura, chegando a se apoiar na lateral.  

Uma cigana identificada como Suyane Breschak foi presa suspeita de participar da trama. Segundo as investigações, Júlia devia dinheiro à mulher, que seria uma espécie de mentora espiritual, e planejou matar o namorado para se apossar dos bens e do dinheiro dele e pagar as dívidas.  

A cigana confessou à polícia que sabia do plano e disse, inclusive, que Júlia chegou a enviar mensagens a ela após o crime se queixando do cheiro forte do corpo da vítima.

Os investigadores acreditam que Júlia tenha atuado sob orientação de Suyany, pois tinha medo dos supostos "poderes mágicos" dela. Em depoimento, a cigana admitiu que tinha como fonte de renda pagamentos mensais que eram feitos por Júlia.

A Polícia Civil investiga se Suyany orientou Júlia a se afastar de outro namorado dela e se mudar para a casa da vítima, para que o crime fosse cometido.

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