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Caso Paulo: "É triste ver meu tio sendo motivo de chacota", diz filho de Erika

Filho, irmã e ex-marido da acusada de levar idoso morto a banco receberam a reportagem da Band na casa da advogada da família

Ádison Ramos

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A defesa de Erika de Souza Vieira Nunes, que levou o idoso Paulo Roberto Braga morto a uma agência bancária no Rio de Janeiro, já entrou com um pedido para revogar a prisão preventiva dela. A mulher é acusada de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio, que é menosprezar o cadáver de uma pessoa. A família, no entanto, acredita na inocência e critica a maneira com que o caso vem sendo tratado. 

"É triste ver meu tio, que sempre conviveu conosco, sendo motivo de chacota, ali já falecido. Nós queremos que a memória do nosso tio seja respeitada, e vai ser revogada a prisão preventiva para que a minha mãe possa responder em liberdade e voltar para nós, nós almejamos a volta dela”, disse ao Bora Brasil o filho de Erika, Lucas Nunes dos Santos, bombeiro militar.

Ele, a irmã de Erika e o ex-marido receberam a reportagem da Band na casa da advogada da família. Os parentes apresentam laudos médicos que comprovam problemas psiquiátricos da mulher. Para eles, ela não sabia que o tio estava morto dentro da agência onde tentou um empréstimo de R$ 17 mil. 

Eles contaram ainda que médicos chegaram a pedir a internação por dependência de medicamentos controlados. “Ela tomava antidepressivo porque ela teve algumas alucinações”, afirmou a profissional de educação física Renata de Souza Vieira, irmã de Erika.

A defesa apresentou dois pedidos feitos por profissionais de uma clínica particular, um de 2022 e outro do ano passado, que comprovariam o quadro de saúde da dona de casa. 

“Crescemos com ele”

Paulo Roberto Braga morava com a família há cerca de 40 anos. “Nós crescemos com ele perto da gente. Meu tio teve mulher, mas nunca se casou, também não tem filhos. Então, ele foi ficando perto da gente, que era quem ele mais tinha próximo como filho”, disse Renata. 

Lucas, o filho, acredita que a mãe não sabia que Paulo estava morto quando chegou ao banco. “Como uma pessoa que reconhece que alguém está morto vai pedir para ele próprio assinar um documento? Ela não tentou assinar o empréstimo, ela pedia: ‘tio, assina, eu não posso fazer o que o senhor pode fazer’”, declarou. 

Empréstimo para reformar casa

Paulo Roberto Braga morava em um quarto na casa de Erika há cerca de dois anos. Ainda segundo a família, depois que ficou doente, começou a passar as manhãs na garagem do imóvel. O empréstimo de R$ 17 mil seria usado para reformar o espaço e comprar móveis e eletrodomésticos

Uma foto mostra como estava o cômodo. Havia uma cama e um vaso sanitário. “Ele solicitou o empréstimo para que ele usasse um espaço da casa da Erika”, pontuou Renata. “Quando ele regressa do hospital, nós temos uma urgência de atender uma demanda mais específica, que é que ele está debilitado e tem dificuldades para subir para o segundo andar”, completou Lucas. 

O ex-marido de Erika é pedreiro e disse à reportagem que chegou a fazer um orçamento da obra. “No dia 12 ela fez esse orçamento e pediu para que eu fizesse essa obra”, reforçou José Geraldo dos Santos.

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