O governo do Rio Grande do Sul inaugurou, nesta quinta-feira (11), o primeiro Centro Humanitário de Acolhimento, também conhecido como “cidade provisória”, em Porto Alegre. A unidade abrigará até 848 pessoas que ficaram sem casa nas enchentes de abril e maio e estão em abrigos públicos, até que recebam moradias definitivas.
A preparação do terreno começou em 7 de junho, e a montagem da estrutura habitacional e complementar, em formato de tendas, iniciou em 17 de junho. O espaço tem 122 dormitórios para homens, mulheres, famílias de até 5 integrantes, grupos LGBTQIA + e berços.
Na recepção às primeiras famílias, o governador Eduardo Leite destacou que espaços como esse oferecem dignidade e segurança para que os acolhidos possam retomar a vida.
“É preciso garantir um ambiente em que todos se sintam verdadeiramente acolhidos e onde encontrem força e apoio para recomeçar. Esses espaços não são o fim da jornada, são parte de um caminho que vamos atravessar juntos até que cada uma dessas pessoas esteja estabelecida em sua moradia definitiva e com sua autonomia restaurada”, destacou Eduardo Leite.
O espaço é o segundo aberto pelo governo do Rio Grande do Sul. O primeiro foi inaugurado em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, com estruturas de casas modulares doadas pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Centro Humanitário de Porto Alegre
O Centro Humanitário de Acolhimento Vida, em Porto Alegre, tem 9 mil metros quadrados de área construída, que abrigam instalações habitacionais e complementares. Nesse espaço, estão instaladas estruturas modulares com 122 dormitórios, que têm capacidade para acolher até 848 pessoas, garantindo privacidade e individualidade aos acolhidos.
No centro, os espaços complementares são de multiuso e há áreas auxiliares destinadas a diversos serviços. São 64 banheiros exclusivos para cada ala, refeitório, lavanderia coletiva (equipada com máquinas de lavar e de secar, além de tanques e varal para estender roupas), berçário, fraldário, posto médico, policiamento 24 horas, ambientes coletivos, locais para crianças e de conectividade, onde os acolhidos poderão carregar seus telefones e ter acesso à internet. Por questões de segurança, não há tomadas elétricas nos dormitórios, somente nas áreas de convivência disponíveis em cada ala.
O centro oferece água limpa em bebedouros, saneamento, energia elétrica e rede de wi-fi grátis. Na estrutura ainda há serviços de assistência médica e social, apoio psicológico para lidar com estresse pós-traumático e acompanhamento de crianças por psicopedagogos e pediatras especializados em desenvolvimento infantil, além de atividades de integração.