O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou em delação que testemunhou um encontro entre o ex-presidente e os comandantes das Forças Armadas. Nesse encontro, segundo ele, Bolsonaro consultou os líderes dos militares sobre um possível golpe no país.
De acordo com apuração da Band, o general Marco Antônio Freire Gomes, do Exército, foi contra a proposta. O brigadeiro Batista Junior, da Aeronáutica, também se mostrou contra o golpe.
Porém, o comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier Santos, teria se colocado à disposição.
Ainda segundo a delação de Mauro Cid, Bolsonaro avaliou que só o apoio da Marinha não seria o suficiente.
Na reunião em questão, uma minuta de golpe teria sido apresentada por Bolsonaro, onde estavam previstas novas eleições e prisões de adversários do então presidente. A minuta em questão era a mesma encontrada na casa do ex-ministro da justiça, Anderson Torres.
O que dizem as defesas de Cid e Bolsonaro?
Procurada, a defesa de Mauro Cid emitiu uma nota em que diz que “não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa mesma razão não confirma seu conteúdo”, escreveu.
Já a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, também em nota, disse que: “Não temos ciência dessas declarações”.
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