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'Cidadão não é respeitado nem depois de morto', diz Joel sobre cadáver em banco

Apresentador do Bora Brasil comentou sobre a mulher que levou um cadáver ao banco para sacar um empréstimo. Caso aconteceu no Rio de Janeiro

Da Redação

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Mulher leva cadáver para tentar sacar empréstimo no RJ
Reprodução

O apresentador do Bora Brasil, Joel Datena, comentou na edição do jornal desta quarta-feira (17) sobre o caso da mulher que levou um cadáver em um banco de Bangu, no Rio de Janeiro, para sacar um empréstimo de R$ 17 mil

Indignado, o jornalista declarou que as pessoas “não são respeitadas nem após mortas”. “Veja como o cidadão não é respeitado nem depois de morto. Nós não somos respeitados em vida e nem depois de morto. Você acha que tem lógica isso? Eu tenho certeza que você está espantado, todos nós estamos espantados”, disse. 

Joel Datena afirmou ainda que a primeira coisa que pensou quando tomou conhecimento sobre o caso foi: “Quando que essa mulher imaginou que poderia dar certo?”. 

“O que passou na cabeça dela que a fez crer que uma história dessa poderia terminar bem, que isso poderia dar certo, chegar com um cara morto lá na cadeira de rodas e a funcionária do banco ou o funcionário do banco lá iria conceder o empréstimo?”, questionou o apresentador. 

O que diz o delegado

“Ela afirmou que esse empréstimo já existia, o homem fez esse empréstimo no dia 25 de março e, ontem, ele pediu a ela para levá-lo até o banco porque ele precisava tirar esse dinheiro. Ela foi a pedido dele até a agência bancária, chegando lá ela não sabia que ele estava em óbito e tentou sacar”, declarou Fábio Luís Souza. 

“Só que o pessoal do banco chamou o SAMU porque viu que ele estava mal. Quando chegaram, constataram que estava morto”, completou o delegado. 

Fábio Luís Souza afirmou que a Polícia Civil ainda vai apurar, mas acredita que a mulher sabia que o homem estava morto porque o corpo apresentava “livores cadavéricos”. 

“Se há outra pessoa, a gente ainda vai apurar. Mas que ela já sabia que ele já estava morto, a gente acredita que sim porque ele apresentava livores cadavéricos, que é algo que aparece após, no mínimo, duas horas depois do óbito. Além disso, no vídeo, é visível para qualquer pessoa que ele estava morto”, afirmou. 

Entenda o caso 

Erika de Souza Vieira Nunes foi presa nesta terça-feira (16) após levar um homem morto ao banco para tentar pegar um empréstimo no nome dele. A cena do cadáver na cadeira de rodas foi gravada por uma funcionária da agência bancária. 

Em poucos minutos, a gerente chamou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi até o local. Ficou constatado que o homem, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, tinha morrido há poucas horas. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser periciado. 

Segundo a Polícia Militar, Erika de Souza Vieira Nunes alegou que era sobrinha de Paulo Roberto Braga e que ele queria realizar um empréstimo no valor de R$ 17 mil. Ela foi presa em flagrante e vai responder por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. 

A instituição também solicitou imagens das câmeras de segurança internas e externas do banco para entender a dinâmica dos fatos. O corpo do idoso será examinado no Instituto Médico Legal (IML) para apurar as circunstâncias da morte.

Como foi a conversa com o cadáver na agência bancária 

  • “Eu não posso assinar pelo senhor. Tem que ser o senhor. O que eu posso fazer, eu faço. Tipo igual a um documento”, diz a mulher no vídeo, tentando sustentar o pescoço do idoso.
  • “O senhor segura forte a cadeira aí. Ele não segurou ali a porta?”, questiona às atendentes do banco, que respondem que não viram.
  • “Assina para não me dar mais dor de cabeça, eu não aguento mais”, acrescenta.
  • “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer eu faço.”
  • As funcionárias do banco estranham a situação e uma delas comenta sobre a coloração da pele do homem. "Ele não está bem, não. A corzinha não tá ficando”.
  • "Ele é assim mesmo”, responde Erika.
     

 

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