O tênis no Brasil ganhou mais espaço a partir de 200, quando o tenista Gustavo Kuerten, o Guga, chegou ao primeiro lugar do ranking mundial. Assim o tênis, até então restrito majoritariamente aos clubes frequentados pelas elites, passou a ser oferecido em projetos sociais que buscam a inclusão e transformação por meio do esporte.
Foi assim que Gabriel Ribeiro Pinho começou a sonhar a ser tenista. Ele, que mora em uma comunidade de Barueri e compete em torneiros amadores, sonha em se profissionalizar. “Eu fui para brincar de bola, sem ideia nenhuma de ser profissional”, relembra.
Gabriel é a terceira geração que joga tênis. Tudo começou com o tio-avô, que era apanhador de bolinhas nos anos 1980. “Na década de 1980 era difícil, os clubes eram restritos às pessoas mais elitizadas, agora mudou um pouco e outros garotos viraram professores e melhoraram a vida”, diz.
E foi assim que Beto, sobrinho de Zenildo, subiu em uma quadra. “Quando eu pegava a bola, eu falava que queria ser igual ao meu tio (Zenildo), mas nenhum de nós teve o sonho ou a oportunidade de se tornar um jogador profissional como essa que apareceu para o Gabriel”, disse emocionado o professor de tênis José Roberto Ribeiro.
Como forma de incentivar o acesso ao esporte e ao tênis, a Copa Troiano nasceu há 12 anos para amadores e entusiastas da modalidade. “Meu saudoso pai foi um grande tenista, foi presidente da Federação Paulista de Tênis, e em determinado momento eu falei: acho que ele merece uma homenagem”, declarou Jaime Troiano, organizador do evento.
O evento, que começou com apenas 120 inscritos, atualmente tem mais de 300 amadores. Com o tempo, o torneio incentivou novas gerações no esporte e agora, crianças e adolescentes participam da competição.