Cresce a procura pela retirada de próteses de silicone no Brasil

Atualmente, são cerca de 200 mil cirurgias estéticas para implantes nas mamas ao ano

Da Redação, com Bora Brasil

Um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no Brasil está perdendo popularidade. Os efeitos colaterais causados pelos implantes de silicone têm feito cada vez mais mulheres retirarem as próteses. 

Arredondado, empinado, de vários tamanhos e modelos. O silicone, sem dúvidas, ainda faz parte dos sonhos de muitas mulheres que não se sentem satisfeitas com o tamanho dos seios. Muitas também recorrem à cirurgia de implante depois de emagrecer ou do período de amamentação, para recuperar a autoestima.

A cultura brasileira, aliada à facilidade de aumentar o volume das mamas, fez com esse se tornasse um dos procedimentos cirúrgicos mais populares do País. Atualmente, são cerca de 200 mil cirurgias ao ano, de acordo com o último censo, em 2018, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

Apesar da busca pelo procedimento ser recorrente, o explante também vem crescendo no Brasil, fazendo com que muitas mulheres repensem sobre as necessidades do silicone. Algumas retiram a prótese para retomar a aparência de antes ou, até mesmo, por problemas de saúde causados pelo silicone. 

A chamada "doença do silicone" não é comprovada cientificamente, mas muitas mulheres com implantes nos seios relatam uma lista de sintomas, como cansaço extremo, olheiras, visão turva, dores, queda de cabelo, que desaparecem após o explante, como foi o caso da web designer Evelyn Regly. 

“Foi libertador para mim. Sem contar os sintomas, que eu tive alguns, não tive todos. Assim, do dia para a noite, não tive mais. Foi uma chave que virou”, relatou. 

O cirurgião plástico William Itikawa afirma que a popularização de determinados processos cirúrgicos fez bem para a autoestima de muitas pessoas, mas, recentemente, profissionais da saúde têm observado alguns “efeitos colaterais”. No entanto, nem todo organismo reage da mesma forma e é importante saber os prós e contras de qualquer cirurgia. 

“Em qualquer procedimento cirúrgico estético, o paciente tem que ter o embasamento muito bom para realizar aquele procedimento, sabendo dos riscos e benefícios”, alertou. 

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