A mulher fez um pedido no ifood, no começo do mês, em um estabelecimento tradicional da zona sul da capital paulista. O perfil, no entanto, não era o do restaurante verdadeiro, mas sim uma versão falsa com logo e cardápio idênticos ao real.
Ela recebeu o suposto entregador na porta do prédio onde mora. Na primeira tentativa de pagamento, a maquininha apontou erro. Ela só percebeu que algo estava errado quando tentou fazer o segundo pagamento e viu uma mensagem no celular de compra negada, mas acabou tendo o aparelho arrancado das mãos.
A primeira compra, de três mil reais, foi autorizada pelo banco sem o envio de mensagem no celular. Ela tentou buscar auxílio pelo site do ifood, mas não existe um telefone para contato.
No chat eletrônico, o atendimento foi finalizado com uma mensagem dizendo que a responsabilidade era do restaurante. Ao ligar para o estabelecimento verdadeiro, descobriu que não existia registro de um pedido no nome dela. O golpe também foi aplicado no rio de janeiro.
A comissão de defesa do consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo afirma que a plataforma de entregas e o banco podem ser responsabilizados.
O que dizem as empresas
Após ser procurado pela nossa reportagem, o ifood disse que entrou em contato com os clientes e para prestar suporte. A empresa não respondeu como os criminosos podem inserir dados falsos na plataforma e ter o registro do restaurante fake aprovado, mas diz investir em tecnologias para análises mais rigorosas.
O Santander, em nota, manteve o posicionamento de que se trata de um caso de segurança pública. A polícia civil de São Paulo está investigando o caso.