O delegado da Polícia Federal Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, que foi baleado na cabeça durante cumprimento de mandado de busca e apreensão no Guarujá, litoral de São Paulo, está em estado grave. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Santo Amaro.
A operação da Polícia Federal não tem ligação com a Operação Escudo, realizada pelas forças de segurança de São Paulo, que atua na região do litoral paulista desde o final de julho, quando um policial da Rota foi morto também no Guarujá.
Dois suspeitos que teriam atirado contra os agentes federais foram presos. Eles estavam com uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro, drogas e munição.
Segundo a PF, os criminosos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Santos e autuados por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Em nota, a Polícia Federal repudiou “todo ato de violência aos servidores em exercício de suas funções” e disse que “enviará todos os esforços na plena elucidação do caso e devida punição aos envolvidos”.
“Todo atentado contra a vida e a integridade física de um de seus servidores é um ataque contra a sociedade como um todo e requer a devida resposta do estado brasileiro”, diz trecho do comunicado.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) emitiu nota de solidariedade ao delegado e desejou pronta recuperação ao agente. “Todos os delegados federais estão unidos em pensamento positivo pelo rápido restabelecimento da saúde do colega”, declarou o órgão.
A associação ainda destacou que acompanha as investigações e cobrará das autoridades competentes “uma célere e rigorosa punição dos criminosos”.