A força-tarefa montada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para investigar a morte de Vinicius Gritzbach, o delator do PCC, indiciou três policiais militares.
Os indiciados são o cabo Denis Antônio Martins e o soldado Ruan Silva Rodrigues, apontados como executores, e o tenente Fernando Genauro da Silva, que dirigia o carro usado no momento da execução. Eles devem responder por homicídio quintuplamente qualificado.
Além dos executores diretos, outros três homens, incluindo o mandante do crime, foram indiciados e seguem foragidos.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública disse que ainda nesta semana o inquérito policial sobre o homicídio de Gritzbach será relatado e encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
Paralelo a isso, as investigações terão desdobramentos com a abertura de um novo inquérito para apurar a participação de outros envolvidos. Os outros suspeitos não estariam relacionados diretamente no homicídio, mas na prestação de auxílio material e pessoal aos criminosos.
Morte de Gritzbach
Um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 8 de novembro, teve como alvo o empresário Antônio Vinicius Gritzbach, que acabou executado após ser atingido por 10 disparos de fuzil e metralhadora. A ação criminosa, com pelo menos 30 disparos, feriu outras duas pessoas e causou a morte de um motorista de transporte por aplicativo que estava no local.
O empresário tinha R$ 1 milhão na bagagem em joias no momento que foi baleado. Entre os itens estavam pedras preciosas, colares, correntes, anéis, brincos, pulseiras e um relógio Rolex.
Ligação com o PCC
Gritzbach é acusado de mandar matar Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o "Sem Sangue", seu braço direito. Os dois foram executados a tiros de fuzil no bairro do Tatuapé, em dezembro de 2021.
Ele, que negociava uma delação premiada com o Ministério Público, entregou esquemas do PCC e também denunciou extorsão envolvendo policiais de São Paulo.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a execução de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo. A Secretara de Segurança Pública também instalou uma força-tarefa, coordenada pelo secretário-executivo da SSP, delegado Osvaldo Nico Gonçalves.