Oficial do Hamas diz que aceita resolução da ONU para cessar-fogo em Gaza

Alto funcionário do Hamas declarou que está pronto para negociar detalhes e cabe aos EUA garantir que Israel cumpra o acordo de trégua

Da Redação

Um alto funcionário do Hamas declarou que o grupo extremista aceita a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para cessar-fogo no conflito na Faixa de Gaza e está pronto para negociar detalhes. 

Sami Abu Zuhri, do Hamas, disse à agência de notícias Reuters que cabe aos Estados Unidos garantir que Israel cumpra o acordo de trégua. 

Antony Blinken, secretário de Estado do governo Biden, pontuou que a declaração do grupo extremista “é um sinal de esperança”, mas ainda é necessária uma palavra definitiva de liderança do Hamas em Gaza.

O texto aprovado pela ONU, proposto pelos EUA, prevê três fases para o cessar-fogo, começando pelo fim da violência, a libertação dos reféns, retirada das forças israelenses de áreas populosas de Gaza e autorização para que os palestinos retornem às suas casas no enclave. 

O período inicial também prevê a distribuição eficaz de ajuda humanitária em Gaza, incluindo unidades habitacionais fornecidas pela comunidade internacional. A resolução enfatiza que o cessar-fogo deve continuar enquanto as negociações prosseguirem. 

A resolução ainda ressalta a importância de as partes aderirem aos termos da proposta e conclama todos os Estados-membros e a própria ONU a apoiar sua implementação. 

O texto aprovado na ONU rejeita qualquer tentativa de mudança demográfica ou territorial em Gaza e reitera o compromisso com a visão de uma solução de dois Estados, onde Israel e Palestina vivam lado a lado em paz, com fronteiras seguras e reconhecidas, conforme o direito internacional e resoluções relevantes das Nações Unidas. 

A guerra começou quando militantes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro do ano passado, matando mais de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 como reféns. A ofensiva aérea e terrestre de Israel em Gaza, que já dura oito meses, matou mais de 37 mil palestinos.

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