Bruno Lima da Costa, de 34 anos, baleado durante o sequestro de um ônibus na tarde desta terça-feira (12), segue em estado grave, mas estável, após passar por cirurgia. A vítima foi transferida para o Instituto Nacional de Cardiologia (INC).
Segundo o Secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, os disparos atingiram os pulmões e o coração de Bruno. De acordo com ele, a vítima só não morreu porque foi levada rapidamente ao hospital. O primeiro atendimento foi realizado no Souza Aguiar.
A assessoria de imprensa do INC informou que ainda não há definição de uma nova cirurgia, já que um dos projéteis segue alojado no corpo da vítima, e a situação será reavaliada nas próximas horas. Bruno está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade de saúde.
Bruno Lima da Costa foi baleado após ser confundido com um policial militar pelo criminoso. Uma segunda vítima foi atingida por estilhaços e teve ferimentos leves. Ela precisou de atendimento no posto de saúde do terminal rodoviário e passa bem.
Entenda o caso
O sequestro começou no meio da tarde desta terça-feira (12). O homem teria atirado em duas pessoas com uma arma de fogo e abordado o ônibus da viação Sampaio, que iria para Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Em nota à Band, a concessionária informou que houve uma confusão na plataforma central. Policiais e bombeiros foram ao local.
Testemunhas contaram à repórter da Band Rio Priscila Xavier que foi tudo muito rápido. Elas afirmaram que o homem entrou em um ônibus e começou a atirar com uma pistola. Logo depois, policiais foram acionados e negociaram com o sequestrador.
Regime semiaberto e fuga
Paulo Sérgio de Lima, o homem que se entregou após sequestrar um ônibus na rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (12), tinha duas passagens na Justiça.
Ele, segundo reportagem da Band Rio, estava desde 2022 no regime semiaberto. Todos os reféns no ônibus que estava na rodoviária foram libertados após o criminoso se entregar.
De acordo com o coronel Marco Andrade, porta-voz da Polícia Militar do Rio, Paulo Sérgio estava fugindo de uma facção criminosa que comanda o tráfico de drogas na Rocinha.
“Ele foi um dos integrantes da facção que tentou invadir a Muzema, em Jacarepaguá. Ele teve um desentendimento entre os companheiros de facção e tentou fugir do Rio de Janeiro”, disse.
O porta-voz informou que o ataque e sequestro começou após ele confundir um passageiro com um policial militar.
“Ele comprou a passagem em dinheiro e embarcou para fugir. Ao longo do embarque, ele se sentiu incomodado e achou que um dos passageiros seria policial, por isso ele efetuou os disparos contra o passageiro levado ao Souza Aguiar”, afirmou.